A medicina aeroespacial, área de atuação destinada à saúde, segurança e desempenho de pessoas em deslocamentos aéreos foi reintegrada à Medicina do Tráfego. A decisão foi formalizada por intermédio de resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), atualizando a relação de especialidades médicas e suas prerrogativas. A medida é uma vitória estratégica da atual gestão da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), que propôs a mudança e apresentou os argumentos técnicos que subsidiaram a decisão.
“Assumimos este compromisso com a categoria e estamos entregando o resultado, conquista que consolida a especialidade como o ramo da Medicina que zela pela mobilidade humana, na medida do possível sem os efeitos colaterais nocivos que lhe são inerentes”, afirma Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.
Segundo ele, a medida traz para o médico do tráfego novas possibilidades de atuação profissional e novos horizontes na produção do conhecimento. “Teremos novas ferramentas para trabalhar pela preservação da saúde e da vida dos seres humanos que se deslocam”, complementou.
A nova abrangência foi ratificada pela Resolução CFM nº 2.380/2024, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (18). A norma atualiza a relação de especialidades e áreas de atuação médicas aprovadas pela Comissão Mista de Especialidades, composta pelo CFM, Associação Médica Brasileira (AMB) e Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Uma vez habilitado em Medicina Aeroespacial, o médico pode trabalhar em empresas de transporte aéreo de doentes, nos aeroportos, nas inspeções de saúde dos trabalhadores das atividades aéreas e na orientação de pessoas que desejam viajar. Com o avanço dos estudos dos fatores de estresse na atividade aérea e suas consequências sobre os passageiros e tripulantes, é necessário que a equipe médica tenha um profundo conhecimento da fisiologia aeroespacial, para minimizar seus efeitos, bem como dos limites e normas de segurança durante o voo.